Um trabalho científico, publicado em abril de 2009 na revista The New England Journal of Medicine, tem mudado os conceitos de prevenção do câncer de colo uterino nas mulheres. Através de um estudo de DNA para o vírus causador deste câncer foi demonstrado que o novo método é tão melhor que os atuais que deverá substituir o papanicolaou tradicional.
A pesquisa foi desenvolvida na Índia pelo Dr. Rengaswamy Sankaranarayanan, da Agência Internacional para Pesquisas em Câncer, de Lyon, França, que estudou 131.746 mulheres entre 30 e 59 anos durante oito anos. No estudo, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, através da Aliança para a Prevenção do Câncer Cervical, os pesquisadores informaram os resultados da incidência e mortalidade por câncer de colo uterino nestas mulheres.
O trabalho na Índia começou em 1999 e as 131.746 pacientes sadias foram divididas em quatro grupos: o primeiro grupo de controle recebeu cuidados típicos de uma clínica rural e as pacientes foram aconselhadas a procurar o hospital caso desejassem participar da pesquisa. No segundo grupo foi realizado um Pap tradicional; no terceiro, foi realizada visualização direta do colo uterino e, no quarto grupo, o estudo de DNA pelo método de Captura Híbrida II, da Qiagem.
Após oito anos, o grupo de visualização direta teve os mesmos índices de câncer avançado e morte pela doença que o grupo de controle. O grupo em que foi realizado o Pap tradicional mostrava três quartos desta cifra. E o grupo do estudo do DNA somente a metade. Mais importante ainda, este último grupo mostrava que nenhuma das mulheres que tinha recebido um resultado negativo morreu de câncer cervical. Este estudo é o primeiro em demonstrar que o estudo do DNA viral pode ser melhor que todos os outros métodos na prevenção do câncer avançado e da morte pela neoplasia.
O câncer do colo uterino é causado pelo vírus do papiloma humano (HPV). Existem mais de 150 cepas deste vírus. As mulheres se contaminam no começo das relações sexuais, mas a grande maioria delas se libera espontaneamente dos vírus em poucos meses ou anos.
O teste da Captura Híbrida II da Qiagem identifica o DNA de dois grupos de vírus: os que representam alto risco de vir a desenvolver câncer e os que exibem baixo risco. Estes resultados significam que a presença ou ausência de determinado DNA viral no colo uterino das mulheres entre 30 e 59 anos é um efetivo indicador do risco de vir ter câncer e, inclusive, de morrer por ele.
O Aleph, do Rio de Janeiro, vem substituindo o Pap tradicional pelo mais moderno método de citologia em meio líquido, o ThinPrep da Cytyc, aprovado pelo Food And Drug dos Estados Unidos, e de ampla utilização em diversos países do primeiro mundo. Agora, com a implantação da Captura Híbrida II da Qiagem, O Aleph é o primeiro laboratório do Brasil em ser capaz de fazer os testes de Captura Híbrida no material do ThinPrep.
Assim, com uma única colheita haverá duas prevenções. Mais conforto para a mulher, mais segurança para o futuro.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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hola! Eu realmente gostei deste blog
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